terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

BIOGRAFIA DE SANTA WALBURGA, O.S.B, (710-779), ABADESSA




Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge Beneditino)
Salvador, Bahia – 25 de fevereiro de 2020

DADOS BIOGRÁFICOS:

- NASCIMENTO: Em Devon, Reino Unido, Inglaterra, no castelo de Dorsertshire. 

- PAIS: Rei São Ricardo de Pilgrim, Wiana ou Wuna de Wessex.

- IRMÃOS: São Willibaldo (701-781), bispo, morreu aos 80 anos.
São Winibaldo (704-761), Abade.

- FALECIMENTO: No ano de 779 em Heidenheim, Alemanha.


VIDA DE SANTA WALBURGA, O.S.B, (710-779), ABADESSA

No martirológio romano sua memória é celebrada no dia 25 de fevereiro
No martirológio Galicano sua memória é celebrada no dia 02 de maio

SANTA WALBURGA, O.S.B, (710-779) foi uma grande Abadessa beneditina que viveu no século VIII e não é uma santa popularmente conhecida pelo menos em nosso Brasil. Vemos o seu nome ainda invocado em nossos mosteiros da Ordem de São Bento no nosso país. No entanto, na Europa ela é muito conhecida e venerada por causa dos seus importantes trabalhos missionários e seus muitos milagres que realizou ainda quando vivia e bem mais após a sua santa morte, ocorrida no ano de 779. A sua vida está intimamente ligada à de outra grande Abadessa também beneditina a sua prima Santa Líoba, OSB, (700-779), outra mulher extraordinária na evangelização da Germânia. Santa Líoba também era prima de São Bonifácio, O.S.B (672-754), bispo e mártir. Santa Walburga e Santa Líoba possuíam o mesmo intuito missionário e por isso rumaram para a Germânia no desejo de levar a Deus a outros povos. Santa Walburga é mais popularmente conhecida em relação a Santa Líoba.

Ao consultarmos o Martirológio Romano-Monástico, assim está escrito sobre Santa Walburga: Em Heidenheim, no século VIII, Santa Walburga, abadessa. Filha de São Ricardo, rei da Inglaterra, foi enviada para a Germânia a pedido de São Bonifácio, para dirigir um mosteiro fundado por seus próprios irmãos. É padroeira de várias cidades da Bélgica, notadamente Bruges e Ypres. (M). (Martirológio Romano-Monástico).

Santa Walburga nasceu em Devon, Reino Unido, Inglaterra, no castelo de Dorsertshire. Seu nome em grego “Eucheria” significa “graciosa”. Seu irmão São Winibaldo (704) pelo amor que possuía lhe ensinava o caminha da perfeição ajudando-a a entregar inteiramente o seu doce coração a Deus e a estimar e cumprir a santa vontade do Senhor.

A jovem princesa Walburga carregava no seu coração o desejo de se entregar a Deus. E, tendo ela comunicando esse desejo ao seu pai, o piedoso rei Ricardo, o qual ciente da alegria da filhinha, imediatamente conduz a menina para ser entregue aos cuidados da Abadessa Santa Cuthberga, no mosteiro de Wimbourne. Cuthberga era a esposa do rei Alfredo, que tinha se tornado monja no mosteiro em Barking e depois esta foi a primeira Abadessa da Abadia de Wimbourne fundada por seu irmão o rei Ina. Santa Cuthberga deixando tudo e com a licença do seu marido o rei Alfredo tinha ingressado no mosteiro de Barking onde “viveu alguns anos em completa sujeição, verdadeiro modelo para todos na regularidade e disciplina”. Certamente o rei ficou feliz por ver sua filha consagrar-se a Deus, mas também triste por não mais ter nenhum contato com ela. Nesse período do monasticismo era muito rigorosa as regras nos mosteiros. “A austeridade da disciplina primitiva existia em pleno vigor. Os padres eram obrigados a sair da igreja imediatamente depois da celebração da Santa Missa, os próprios bispos não podiam entrar no mosteiro e a Abadessa, para comunicar-se com o mundo exterior, e dar ordem aos seus súditos temporais ou espirituais, somente o fazia através de uma pequena grade de ferro” (A vida de Santa Walburga, p. 10).

Podemos ver na sua biografia que: “Foi a tão formidável lugar que o Rei Ricardo conduziu a sua filhinha e, depois de abraçar e contemplar com ternura, pela última vez, o meigo e puro semblante da pequenina, entregou-a ao cuidado da Abadessa e partiu para jamais voltar. Fecharam-se as portas da clausura sobre Walburga e por vinte e seis anos não devia ela transpô-la” (A vida de Santa Walburga, p. 10).

No claustro do mosteiro ela foi muito bem educada pela grande Abadessa Cuthberga. “A nova vida da princesa inglesa deve, indubitavelmente, ter-lhe parecido estranha depois da plena liberdade que gozava em casa com o pai e irmão. Era porém inteligente e entregou-se aos estudo, sendo seus talentos bem aproveitados pela cuidadosa Abadessa, que velava para que recebesse sólida instrução e se aperfeiçoasse nas prendas condignas à sua posição” (A vida de santa Walburga, p. 10). E, esse cuidado da Abadessa não era somente sobre Walburga, mas também em relação ao sua comunidade, pois sabemos que nesse período o mosteiro de Wimbourne era bastante conhecido pelos seus trabalhos intelectuais. São Bonifácio, Santo Aldelmo e outros se dirigiam a elas pedindo tarefas. Pois as monjas “escreviam fluentemente o latim e o grego e a facilidade com que citavam os clássicos, prova que lhes eram familiares. Era notáveis, também, as suas iluminuras elaboradas e as transcrições de Missas, Breviários e da Sagrada Escritura [...]. Primavam ainda numa espécie de bordado, chamado trabalho inglês, tecido com fio de ouro e prata e encrustado com pedras preciosas” (A vida de santa Walburga, p. 10-11). Portanto, as monjas, viviam no trabalho, na oração, bem como no estudo. Coisas prescritas pela Regra beneditina.

O mosteiro de Wimbourne era muito próspero nesse período, em vocações, e por causa disso, Santa Walburga deve ter sofrido bastante por ser ela no seu castelo filha única com seus próprios mimos e agora vendo-se entre oitocentas monjas de todas as classes sociais. Aí não teria mais as regalias e os mimos do pai, dos irmãos, amas etc. Mas, “a sua natural meiguice, porém, de muito lhe serviu e aprendeu a suportar com paciência s fraquezas do próximo e a não somente seguir o que julgava proveitoso para si” (A vida de Santa Walburga, p. 12).

A quase um ano que Santa Walburga estava no mosteiro, chega-lhe a notícia da morte do seu querido e piedoso pai, o rei Ricardo, o qual foi sepultado na igreja de Lucca, Itália, ao lado do corpo de São Frigidiano. “e seu corpo ficou sendo veneradíssimo naquela cidade, pelos favores miraculosos obtidos por sua intercessão” (A vida de Santa Walburga, p. 12).

Passados vinte e seis anos na Abadia de Wimbourne e trinta de idade, Santa Walburga é convidada juntamente com sua prima Santa Líoba pelo bispo São Bonifácio para fundar um mosteiro em sua diocese na Germânia para mostrar às mulheres daquela nação o exemplo das virgens cristãs.

Na viagem da Inglaterra a Germânia houve um milagre pela intercessão da santa: “A viagem corria bem, o vento e o tempo favoráveis, mas de repente se levanta tremenda tempestade e o navio acha-se em perigo iminente. Os marinheiros atiram precipitadamente a carga ao mar, e, tudo que amorosas mãos haviam preparado para as monjas, lá se vai servir de alimento aos peixes, o que porém, era preferível a serem sepultadas no mar. A marinhagem estavam deveras atemorizada e as monjas participaram do alarme geral. Somente Walburga permanecia tranquila, à vista disso as irmãs pedem-lhe que ore pelo seu salvamento, Walburga ajoelha-se no tombadilho e implora a Deus com os braços em cruz que lhe atenda a súplica; em seguida levantando-se implora ao vento e às ondas e sobrevêm repentina calma, a grande admiração de todo. As monjas desembarcaram sãs e salvas em Antuérpia, onde os marinheiros espalharam por toda parte o milagre operado no mar, de sorte que Walburga era considerada maravilhosa e tanto ela como suas companheiras foram mui hospitaleiramente recebidas pelo povo da cidade” (A vida de Santa Walburga, p. 15).

Ao chegar Santa Walburga e suas companheiras a Germânia, depois de uma longa e perigosa viagem, encontraram à sua espera São Bonifácio, bispo e São Willibaldo, bispo, seu querido irmão. É de imaginar a grande alegria desse encontro entre eles. Também a expectativa da evangelização das almas que esperavam salvar nesse país.

 Em Heidenheim (morada dos pagãos) onde seria o construído o seu mosteiro, este ainda não estava pronto e, por isso, foram enviadas para outro convento em Turíngia à espera do termino da construção em Heidenheim. Ficando esse tempo sob o governo do seu irmão São Winibaldo, Abade que ali já havia se instalado com seus monges e dirigia as obras do futuro mosteiro. No ano de 752 estando o mosteiro bem adiantado em obra, São Winibaldo veio à Turíngia buscar a sua irmã Walburga e as outras monjas que lhe deviam ajudar nas primeiras dificuldades da nova fundação. “A providência de Deus, mais uma vez, unia o irmão e a irmã, e por dez anos Walburga devia fruir o auxílio de sua sábia e forte direção. [...] Vivera até aí na submissão e dependência, e sem Winibaldo, talvez não tivesse suportado o peso do governo. Deus todavia em Sua bondade, deixou-lhe o auxílio do irmão até que, pela experiência adquirida, pudesse ficar só; ...” (A vida de S. Walburga, p. 17).

Santa Walburga foi uma grande Abadessa e mulher de muitas virtudes. Uma verdadeira mãe para sua comunidade. Ouçamos as palavras do Breviário ao seu respeito: “Foi superiora do novo mosteiro de Heidenheim, onde praticou tão sublimes virtudes que todas viam nela o que podiam justamente admirar e com proveito imitar. Aliava a máxima doçura e prudência de maneiras, aos outros dotes que possuía por natureza e graça” (A vida de S. Walburga, p. 17). Possuía esta serva de Cristo o dom do conselho, da caridade, da mansidão para com todos sem nunca procurar suas próprias comodidades. Sempre estava a serviço da sua comunidade e de todos aqueles que iam ao mosteiro para se encher da sua sabedoria. Mortificava-se sempre com jejuns muito severos. Vivia em contínua oração e imersa na contemplação das coisas divinas e sem distrair-se nas coisas do seu governo abacial, cumpria suas tarefas com muito zelo e sincera devoção diante de Deus. Era um verdadeiro poço de virtudes. “Tornou-se verdadeiro exemplo das virtudes maternais e paternais, pois primava em todos os dotes de virgem prudente” (A vida de S. Walburga, p. 17).

Heidenheim tornou-se célebre e hospitaleira pelas suas virtudes e as de seu irmão Winibaldo. Em volta da Abadia os campos tornaram-se férteis pelos trabalhos dos monges e das monjas dando assim suporte a população necessitada. Eram eles verdadeiros administradores de Deus. “Enquanto os monges serviam aos homens, Walburga e sua monjas abriam as portas e os corações às pobres mulheres meio civilizadas, cujas almas eram ainda mais miseráveis do que os corpos” (A vida de S. Walburga, p. 18).

Os pobres e hóspedes eram servidos pessoalmente pela Abadessa que lhes lavava os pés e curava-lhes as feridas com suas próprias mãos; ensinando-lhes pelo exemplo mais do que por palavras as virtudes da caridade, da mansidão, da humildade que eles tanto necessitavam.

Em 761 devido uma viagem feita ao túmulo do seu amado mestre e tio São Bonifácio em Fulda, ficou bastante doente e voltando a Heidenheim caiu gravemente enfermo. Celebrava Missa na sua cela num altar preparado devido a sua doença, mas nem assim diminuíram as suas longas vigílias e jejuns. Quando se aproximava a morte avisou aos monges e obteve a consolação de ver os seus dois irmãos o bispo Willibaldo e Walburga. Finalmente o seu querido irmão Winibaldo morre no dia 18 de dezembro de 761. Um verdadeiro sacrifício para Walburga.

O corpo de Winibaldo foi sepultado na igreja que ele havia construído. O santo bispo Willibaldo celebrou os últimos ritos da igreja pelo irmão falecido, demorando-se ainda um pouco em Heidenheim, para assim organizar o novo governo do mosteiro. Os monges sabendo das grandes virtudes e prudência de Walburga e que era como seu Abade que falecera, eles se convenceram que ela devia reger o mosteiro do seu irmão, pois na Inglaterra podia uma Abadessa reger um mosteiro de monges. Apresentado esse assunto ao bispo este acolhe a petição dos monges. “Não foi, entretanto, sem extrema, repugnância e em obediência à ordem expressa que Walburga aceitou o governo dos monges ao mesmo tempo que o das monjas” (A vida de S. Walburga, p. 19). E, governou com muita prudência e satisfação dos monges e monjas os dois mosteiros.

Sabemos que na vida dos santos muitos milagres são narrados. Na existência de Santa Walburga grandes e maravilhosos milagres aconteceram em vida e após a sua morte.

Era costume na época o sacristão acender as luzes da igreja e do claustro logo que escurecesse. Certo dia, o sacristão por alguma razão não o fez. A Santa Abadessa vendo o mosteiro as escuras, foi pedir ao encarregado para fazer o que era de costume e, este, muito aborrecido, tratou-a grosseiramente, mas ela na sua humildade e mansidão para não exaltar os ânimos retirou-se às escuras para a sua cela sem nada lhes dizer. Quando de repente todo o mosteiro é iluminado por uma luz maravilhosa que vinha da cela da Santa. As irmãs que já repousavam, ao ver o clarão ficaram abismadas com aquela claridade e foram a cela da Abadessa para pedir-lhe uma explicação de tão grande mistério. Diante da pergunta Santa Walburga desata a chorar e exclama: “A Vós, meu Deus, que tenho servido desde a infância, dou infinita graças por este favor. Com essa luz celestial, Vós dignastes confortar vossa indigna serva, dissipando as trevas da noite com os raios da Vossa misericórdia, para animar estas minhas filhas a me serem fiéis, e esta graça me foi concedida, não por meus méritos, mas em atenção às orações de meu dedicado e santo irmão, que hoje reina convosco na glória” (A vida de S. Walburga, p. 21).

Um outro dia, pelo poder da oração, restabeleceu a vida de uma jovem que estava em agonia de morte. Tão forte era a fé de Santa Walburga em Deus. E tantos outros milagres que ela operou através da sua confiança e fé.

Já no final de sua existência na terra, “os poucos dias que ainda devia passar sobre a terra foram de uma vida mais angélica do que humana. Frequentemente era encontrada em êxtase ajoelhada e absorta em seu oratório” (A vida de S. Walburga, p. 23). E, para ainda mais a cumular de graças esta serva, Deus lhe concede mais milagres por sua fidelidade e grandes sacrifícios. Em relação a isso, vemos um outro fato bastante interessante que ocorreu em seu funeral. “Imediatamente, depois da morte da santa, quis Deus glorifica-la, rodeando o seu corpo com uma auréola de luz que o fazia já parecer está revestido de imortalidade e ao mesmo tempo dele exalava tão suave perfume que enchia a igreja e o mosteiro, testemunhando a virgindade sem mancha e a pureza do seu corpo imaculado, no qual o pecado não havia semeado o germe da decomposição” (A vida de S. Walburga, p. 24).

O seu irmão bispo São Willibaldo teve o privilégio de assistir os derradeiros momentos da sua querida irmã a qual recebeu de suas mãos os Sacramentos e este teve a alegria de sepultá-la ao lado de São Winibaldo. O santo bispo ainda viveu alguns anos até depois dos oitenta anos e quando sentiu que estava terminadas as suas tarefas no santo serviço de Deus, avisou aos irmãos que se aproximava o tempo de sua partida para Deus. No dia de sua morte celebrou a Missa e distribuiu a Santa Comunhão ao seu rebanho. “Morreu, e foi enterrado com as honras devidas aos seus grandes trabalhos de apóstolo e bispo, na sua igreja catedral de Eischstädt a 7 de julho de 781” (A vida de S. Walburga, p. 24).

Após a morte de Santa Walburga a sua devoção foi diminuindo gradualmente e seu túmulo ficou descuidado. Mais ou menos no ano de 870, o bispo de Eischstädt, Otkar, resolveu fazer o restauro da igreja e do mosteiro de Heidenheim que se encontravam bastante deteriorados. Os operários não sabiam quase nada da santa e para desempenho dos seus trabalhos, passavam sobre o seu túmulo sem lhe dar o devido respeito. Certa noite quando o bispo dormia, foi acordado pela santa que estava ao lado do seu leito, e o repreendeu pelo descuido que deixava as suas relíquias a qual estava sendo pisadas e desrespeitadas por todos; e lhe disse que teria um sinal para ele saber que não era apenas um sonho. E, no dia seguinte, realmente houve o sinal. Vieram lhe dizer que a noite o murro do lado norte da torre da igreja de Heidenheim desabara. O bispo ficou muito impressionado com o ocorrido. Por isso, “Partiu, para Heidenheim seguido por numerosos padres e pelo povo e exumou com todas as honras o corpo da Santa que não somente foi encontrado incorrupto, mas coberto por maravilhoso fluido qual puríssimo óleo”. (A vida de S. Walburga, p. 25). Por isso, o corpo de Santa Walburga foi transladado para a catedral de Eischstädt e posto em lugar temporário. No ano de 893, o bispo Erchanboldo o sucessor de Otkar colocou suas relíquias no altar-mor da igreja e a ela dedicou. “Ao levantar o corpo reproduziu-se o mesmo fenômeno extraordinário, e o biógrafo da Santa, testemunha ocular, conta-nos que não havia poeira ou impureza que pudesse macular o maná ou óleo que destilava o cadáver. O óleo tem continuado, em certos tempos, a correr do seu túmulo gota por gota [...]. Geralmente o fenômeno ocorre desde o dia 12 de outubro, data de sua transladação, até 15 de fevereiro, dia de sua festa; também quando a Santa Missa é dita sobre as suas relíquias” (A vida de S. Walburga, p. 25). Esse óleo é distribuído em todo mundo e faz ainda hoje, muitos milagres por intercessão da Santa. Interessante, nesse líquido milagroso “é que se for tratado com desrespeito quase sempre evapora, e uma vez que Eischstädt se achava sob intervenção, óleo cessou decorrer. Também sendo-lhe retirado o recipiente, cristaliza-se e permanece suspenso até que de novo seja colocado” (A vida de S. Walburga, p. 26). Portanto, “O óleo milagroso que continua a correr de suas relíquias, operando maravilhas em nossos próprios dias, prova quanto é preciosa a santa aos olhos de Deus e poderosa a sua intercessão” (A vida de santa Walburga, p. 5).

Que possamos sempre nos momentos de dificuldades invocar a intercessão de Santa Walburga, que tanto socorreu os desvalidos nas suas enfermidades espirituais e corporais. Ela foi para nós um exemplo admirável de entrega total ao serviço de Deus e do próximo.

Rogai por nós, Santa Walburga. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
  

ORAÇÃO À SANTA WALBURGA, O.S.B, (710-779), ABADESSA

Ó Deus todo-poderoso, que destes a vossa serva Santa Walburga, a graça de curar as feridas do corpo e da alma de todos aqueles que sofrem e que com fé pura e ardente pediram a sua poderosa intercessão e foram atendidos. Concedei, a nós que com a mesma fé invocamos o seu socorro, a graça de.... (Pedir a graça). Se assim for conforme a sua santa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Composição:
Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
Salvador, Bahia - 24 de fevereiro de 2020 





REFERÊNCIAS

A VIDA DE SANTA WALBURGA. [Traduzido do inglês e publicado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Maria em São Paulo]. – São Paulo: Editora Franciscana. –  

MARTIROLÓGIO ROMANO-MONÁSTICO. Abadia de São Pierre de Solesmes / traduzido e adaptado para o Brasil pelos monges do Mosteiro da Ressurreição / Ponta Grossa, PR - Mosteiro da Ressurreição, edições, 1997.
  
Ut In Omnibus Glorificetur Deus (RB 57, 9)