sexta-feira, 25 de maio de 2018

CENTENÁRIO - BULA “ARCHIDIOCESIS OLINDENSIS ET RECIFENSIS PARA A CRIAÇÃO DAS DIOCESES DE NAZARÉ DA MATA, GARANHUNS E PESQUEIRA PERNAMBUCO – BRASIL



Papa Bento XV que deu a Bula de criação das respectivas Dioceses



Bula

Archidiocesis Olindensis et Recifensis

para a criação das Dioceses de
Nazaré da Mata, Garanhuns e Pesqueira
Pernambuco – Brasil

Bento, Bispo, Servo dos servos de Deus
para a perpétua memória do fato

A Arquidiocese de Olinda e Recife, que, antes, compreendia todo estado civil de Pernambuco, no presente, com a criação da Diocese de Floresta, na extrema parte ocidental do dito estado civil, realizada no ano do Senhor de MCMX (1910), diminuiu um pouco; agora, porém, não só pela extensão territorial, mas também pelo número de fiéis, que excede vinte vezes o número de uma centena e quarenta de fiel, de tal maneira que não pode ser governada, como convém, por um só bispo.

Considerando bem maduramente, estas realidades, o venerável irmão, Sebastião Leme da Silveira Cintra, Arcebispo de Olinda e Recife, de maneira louvável e sapiente, volva sua alma e sua mente para, uma nova divisão da Arquidiocese e a julgar necessária para a salvação das ovelhas a si confiadas, como também para melhor progresso da religião. E assim, reunindo os pareceres sobre este assunto, com o venerável Núncio Apostólico e com outros prudentes varões e com os necessários subsídios para a criação das Dioceses, consoante os seus esforços adquiridos, com preces ferventes, pediu a Sé Apostólica que a parte oriental do estado civil de Pernambuco fosse dividida em 03 (três) Dioceses, de tal sorte que a Arquidiocese estivesse no meio.

A outra morre na parte setentrional, a segunda na parte austral, fosse ereta: aquela, na cidade de Nazaré, esta, na cidade de Garanhuns. Igualmente e pelas mesmas razões, pediu que a Diocese de Floresta, constituída na extrema parte ocidental, fosse trazida para adiante e estendida até o oriente, a cidade de Pesqueira, que, quer pelo número de habitantes, quer pela facilidade de estradas, pelo comércio, se torne, no presente, de longe mais importante que a cidade de Floresta, e, por isto, não só como sede do Bispo, mas também como cidade episcopal.

Maduramente consideradas todas estas coisas, na Congregação consitorial, com os votos do dito Arcebispo tenham parecidos dignos de ser ouvidos, e, também tenham concordado o atual Bispo de Floresta, nós, pela plenitude Apostólica, completado o curso – quanto necessário – daqueles a quem interesse ou presumam a se interessar, usando da faculdade, pelas letras apostólicas do dia 27 do mês de abril do ano do Senhor de 1892 – Salva a ”Ad Universas Orbis Escclesias” – na parte oriental-setentrional da Arquidiocese de Olinda e Recife, em perpétuo, erigimos e declaramos ereta, a Diocese de Nazaré, que deve assim ser chamada em razão do nome da cidade, Nazaré, e ali, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Nazaré, constituímos a Sede e a Cátedra do Bispo, e a elevamos à dignidade de Catedral.
A diocese assim constituída compreenderá 18 Paróquias, a saber: Nazaré, Vicência, Lagoa seca, Timbaúba, Ó de Goiana, Tejucupapo, Goiana, Itambé, Tracunhaém, Curangi, Floresta dos Leões, Limoeiro, São Vicente, Bom Jardim, Queimadas, Taquaritinga, Santa Cruz, Surubim. Na parte meridional da mesma Arquidiocese, igualmente, erigimos e declaramos ereta, a nova Diocese de Garanhuns que deve ser chamada, em razão do nome da cidade Garanhuns, e, ali na Igreja de Santo Antônio de Pádua, decretamos que deve ser tida como sede e Cátedra Episcopal, e elevamos à mesma Igreja a dignidade de Catedral.

Subordinamos à jurisdição desta diocese, estas 15 Paróquias: Garanhuns, Bom conselho, Correntes, Palmeira de Garanhuns, águas belas, São Bento, Canhotinho, Quipapá, Catende, Palmares, Lagoa dos Gatos, Panelas, Belém de Maria, Água preta, Barreiros. Além disso, seis outras Paróquias à Diocese de Floresta, isto é: Pesqueira, Belo Jardim, Brejo da Madre de Deus, Cimbres, Pedra, Buíque. Transferimos, na verdade, a sede e a Cátedra episcopais da cidade de Floresta para a cidade de Pesqueira, e, ali, declaramos e instituímos Catedral, a Igreja-matriz de Santa Águeda, e a própria Diocese declaramos para o futuro – do nome da cidade principal – que deve ser chamada de Diocese de Pesqueira, supressos e extintos os direitos e privilégios, que, com o título de Catedral, dizem respeito à Igreja Floresta.

Finalmente, passamos o resto do território, no qual vivem ainda mais de 1.000 pessoas, para os direitos da Arquidiocese de Olinda e Recife. Assim, pois, eretas as dioceses ou afiliadas atribuímos a seus pastores todos os direitos e privilégios de que gozam as outras cidades episcopais e catedrais e seus prelados, conservando, todavia, o cuidado pastoral das almas, como antes, nessas catedrais. Declaramos estas dioceses, assim constituídas, sufragâneas da Arquidiocese de Olinda e Recife, e seus Bispos, por “tempore”, subordinados ao direito metropolitano do Arcebispo de Olinda e Recife, reservada a Nós e à Sé Apostólica, a faculdade de realizar novos desmembramentos destas Dioceses, toda vez que isto, no Senhor, parecer conveniente.

E, quanto ao que diz respeito aos governos e à administração das mesmas Dioceses e aos direitos dos Bispos e fiéis e outras coisas deste gênero, mandamos que sejam observadas, religiosamente, as prescrições dos sagrados Cânones. Na verdade, a mesa episcopal constituirão os bens já constituídos pelos fiéis, os emolumentos da Cúria e outras ofertas que os fiéis não duvidarão em dar a mais. Queremos, porém, que, de cada uma das Dioceses, 2(dois) jovens – ou pelo menos um – no presente, dotados de qualidades intelectuais e morais superiores aos demais, sejam enviados para o colégio Pio-Latino Americano, desta pré-clara cidade de Roma, para estudos, continuamente, escolhidos pelos respectivos ordinários. Ainda mais, permitimos, como e enquanto for necessário, salva – se alguma existir – a vontade expressa e contrária dos ofertantes – que, para a educação dos jovens, em favor da Diocese de Nazaré, seja gasta a quantia de 42 contos de Réis, ou parte dela, pertencente a duas capelas rurais e dentro dos limites desta recentemente ereta Diocese, de acordo com o parecer do mesmo Arcebispo de Olinda e Recife.

As rendas, porém, dos bens, que são necessárias para a educação desses jovens, queremos que sejam confiados ao colégio Pio Latino-americano, em caráter perpétuo. Mas, o que, por estas letras apostólicas for decretado por nossa autoridade, a nenhum homem, em nenhum tempo, é lícito infringir ou impugnar ou, de algum modo, contrariar. Se alguém – que Deus tal não permita – presumir atentar contra, saiba que ficará sujeito às penas, estabelecidas pelos Sagrados Cânones, contra os que criam obstáculos ao exercício da jurisdição eclesiástica. Para executar todas estas coisas, deputamos o venerável Irmão, Jacinto Ângelo Scapardini Arcebispo titular de Damasco, e Núncio Apostólico na República do Brasil, e ao mesmo atribuímos as necessárias e oportunas faculdades, também de subdelegar para, o efeito de que se trata, outro Varão, constituído na dignidade eclesiástica, em primeiro lugar o mesmo Sebastião Leme da Silveira, Arcebispo de Olinda e Recife, e, ao mesmo tempo, de se pronunciar sobre qualquer dificuldade ou oposição no ato da execução, qualquer que seja a origem, com o ônus de enviar à Sagrada Congregação Consitorial, um exemplar autenticado da execução feita para que seja guardado no arquivo da mesma Sagrada Congregação. Decretamos, finalmente, que estas presentes letras haverão de valer, não obstante qualquer em coisa em contrário, mesmo digna de peculiar e expressa menção.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no ano do Senhor de 1918, no dia 02 de agosto, quarto ano do nosso pontificado.


Octávio, Card. Cagiano Chanceler da Santa Igreja Romana Ludovico Schüller, Protonotário apostólico Leopoldo Capitani, Subdelegado do Registro Expressamente delegados Paulo Pericoli Adjunto para estudos da Chancelaria apostólica.

Expedição: dia 18 do mês de outubro Alfredo Marini, Chumbados

Tradução Mons. Edvaldo Bezerra.


 AS CATEDRAIS DAS DIOCESES


BISPOS DA DIOCESE DE NAZARÉ DA MATA











BISPOS DA DIOCESE DE GARANHUNS















BISPOS DA DIOCESE DE PESQUEIRA 











REFERÊNCIA 





Ut In Omnibus Glorificetur Dei

sábado, 19 de maio de 2018

O QUE É UM MONGE?



Um monge num momento de oração 

Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge Beneditino)
Salvador, Bahia – 19 de maio de 2018

Àqueles que já conhecem a história monástica, minhas desculpas. Pois, creio não trazer nada de novo deste assunto que é tão comentado e estudado. Aqui, escrevo para os que não tem um conhecimento da vida monástica e não sabem o que é um Mosteiro e nem o que é um monge ou uma monja. Esta iniciativa nasceu de alguns pedidos da parte de alguns amigos. Devido a curiosidade de muitos em relação a vida dos monges e monjas.

Neste pequeno texto meu objetivo é responder a uma pergunta bastante frequente que muitas pessoas já fizeram a mim e aos meus confrades monges também.

Aqui, tentarei esclarecer em termos bastante simples o que é um monge, e, principalmente um monge Beneditino, porque muitos pensam que só existem os beneditinos. Não existe apenas os monges beneditinos, mas, outros tipos de monges; cristãos e não-cristãos. Àqueles que desejarem conhecer mais sobre os monges, surgiro uma viagem pela História Universal das culturas, principalmente o período Medieval (Idade Média que corresponde aos séculos V-XV, segundo alguns autores, é claro).

Eu sou um monge beneditino e quando vou de férias uma vez cada ano, para visitar minha família no Estado de Pernambuco, e, também aqui na Capital Salvador e outros Estados do Brasil, aos quais visitei ou visito, fui abordado inúmeras vezes por pessoas que perguntaram-me: “O senhor é católico” e respondi: Sim sou! Sou monge Beneditino da Ordem de São Bento, filho de São Bento. E, logo em seguida perguntam-me: “O que é um monge?”. E, assim, para responder a esta pergunta, em segundos, fica um pouco complicado. Às vezes estamos tão apressados que não dar tempo de lhes responder satisfatoriamente para que entendam o que realmente é um monge. Por isso, desejo neste pequeno texto, dizer algo a respeito de nós os monges Beneditinos e o que é um monge.

O nome monge/monja são dados àqueles(as) que moram em Mosteiros. Mas, o que é um mosteiro? Aqui, outra pergunta que nos fazem. O Mosteiro é um lugar onde moram aqueles que tem a vocação de viver sempre na presença Deus, rezando as Horas Canônicas da Igreja (Ofício Divino), e trabalhando no Mosteiro para o crescimento do Reino de Deus no mundo. A junção do Ofício Divino e do trabalho que fazemos no Mosteiro, nós os chamamos de ORA ET LABORA. O lema de nossa Sagrada Ordem do Patriarca São Bento, na língua latina, significa, ORAÇÃO E TRABALHO.

Outro aspécto dos Mosteiros é o silêncio. O silêncio é de grande importância para nós monges. Pois, é no silêncio, que nós monges, escutamos a voz de Deus. Por isso, Nosso Pai São Bento escreve na Santa Regra um capítulo sobre esta virtude; o silêncio. Nos diz São Bento na Regra: “Falando muito não foges ao pecado”, e em outro lugar: “a morte e a vida estão em poder da língua” (RB 6, 4-5). No capítulo quarto Nosso Patriarca nos diz ainda: “Não gostar de falar muito (RB 4, 52), esse é um conselho valioso para os monges. Vemos também este tema do silêncio em toda a Santa Regra. Tal é o seu valor na vida do monge. Ao dar início a Regra dos Mosteiros, no Prólogo, ele assim nos diz:

Escuta (escutar com o coração, o silêncio) filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência (PRÓLOGO, 1-2).

Pois bem! Ao iniciar a Sagrada Regra já nos mostra Nosso Pai São Bento o silêncio. E, aquele silêncio, o mais importante de todas as formas do silêncio, isto é, aquele do coração. Pois, é sabido que há várias formas de silêncio. Tratarei em outra ocasião deste assunto.

Exitem vários gêneros de monges. Nosso Pai São Bento na sua Santa Regra para os Mosteiros, vem nos mostrar várias espécies de monges, assim nos falando no primeiro capítulo da Regra:

É sabido que há quatro gêneros de monges. O primeiro é o dos cenobitas, isto é, o monasterial, dos que militam sob uma Regra e um Abade. O segundo gênero é o dos anacoretas, isto é, dos eremitas, daqueles que, não por um fervor inicial da vida monástica, mas através de provação diurna no mosteiro, instruídos então na companhia de muitos, aprenderam a lutar contra o demônio e, bem adestrados nas fileiras fraternas, já estão seguros para a luta isolada do deserto, sem a consolação de outrem, e aptos para combater com as próprias mãos e braços, ajudando-os Deus, contra os vícios da carne e dos pensamentos. O terceiro gênero de monges, e detestável, é o dos sarabaítas, que, não tendo sido provados, como o ouro na fornalha, por nenhuma regra, mestra pela experiência, mas amolecidos como uma natureza de chumbo, conservam-se por suas obras fiéis ao século, e são conhecidos por mentir a Deus pela tonsura. São aqueles que se encerram dois ou três ou mesmo sozinhos, sem pastor, não nos apriscos do Senhor, mas nos seus próprios; a satisfação dos desejos é para eles lei, visto que tudo quanto julgam dever fazer ou preferem, chamam de santo, e o que não desejam repudiam ilícito. O quarto gênero de monges é o chamado de giróvagos, que por toda a sua vida se hospedam nas diferentes províncias, por três ou quatro dias nas celas de outros monges, sempre vagando e nunca estáveis, escravos das próprias vontades e das seduções da gula, e em tudo piores que os sarabaítas. Sobre o misérrimo modo de vida de todos esses é melhor calar que dizer algo. (RB 1, 1-12).

Há monges cristãos e de outras confissões. Em nosso país não conhecemos muito a vida destes homens fortes que se doaram e ainda se doam totalmente no serviço do Reino de Deus e dos seus irmãos mais necessitados. Se nos voltarmos para a história do Oriente, veremos em grande número estes homens e também mulheres que viveram santamente em seus Mosteiros ou nos desertos, ou seja, os Santos monges e monjas.

Um gênero de grande importância para a vida da Igreja e os quais trago uma grande admiração, são os monges e monjas eremitas, homens e mulheres que vivem isolados do convívio social (moram nas grutas e nos desertos, ou mesmo em Mosteiros; rezando, trabalhando, estudando e fazendo penitências), no Brasil temos como exemplo deste gênero, os monges Cartuxos (Ordem Cartusiana fundada por São Bruno no século XII. No Brasil existe apenas um Mosteiro masculino desta Ordem).

Os monges cenobitas (este gênero é o mais conhecido) que são aqueles que vivem em comunidade (Coenóbium) e são dirigidos por um superior, um Abade. Os monges budistas, não-cristãos (estes são bastante conhecidos) que seguem a doutrina de Buda. Os monges Ortodoxos, cristãos (em grande número no Oriente, estes trazem uma espiritualidade mística, interior, valiosíssima na vida de todos nós), e os MONGES BENEDITINOS, (este gênero está intimamente ligado a história da Europa e também de outros países como o nosso Brasil. Chegaram em nosso país já no início da colonização, precisamente no ano de 1582, se estabelecendo na cidade de São Salvador, Bahia). São cristãos que seguem a Regra de São Bento os quais são cenobitas, ou seja, vivem em comunidade.

Citado acima, o nosso Patriarca São Bento ao falar dos gêneros dos monges, no primeiro capítulo da Regra, também vos digo; deixemos de parte as outras espécies, vamos dispor, com o auxílio do Senhor, sobre o poderosíssimo Gênero dos monges beneditinos.

Como já foi dito, Beneditino provém do nome Bento, por ser esta Ordem fundada por São Bento de Núrcia, Abade (480-547). Também em alguns lugares nós monges éramos chamados de, os monges negros ou os Padres negros por causa da cor dos nossos hábitos, que é da cor preta. No entanto, nem todos os Mosteiros vestem o hábito negro. Existem Mosteiros que adotaram outras cores como: a cinza, a creme e branca. Apesar da cor preta se estabelecer na tradição monástica. Em relação a cor dos nossos hábitos a Regra diz: “Não se preocupe os monges com a cor e a qualidade de todas essas coisas, mas sejam as que se puderem encontrar no lugar onde moram e as que puderem ser adquiridas mais barato” (RB 55, 7).

No Mosteiro vivemos do nosso trabalho. A comunidade monástica tem seu roteiro de orações, seguindo os vários sistemas do Ofícios, que são divididos em A, B e C. Isso fica a critério de cada comunidade monástica estabelecer qual sistema irão usar. Assim como os horários de suas orações, o Ofício Divino da Igreja. Nós, os monges, rezamos o Ofício da Igreja, porém com um rito próprio monástico. Nos horários estabelecidos na comunidade todos os monges são convocados/chamados pelo sino a igreja monástica para rezarem as Horas Canônicas da Igreja, o Ofício Divino durante várias vezes ao dia, como verão abaixo no horário da comunidade da Arquiabadia de São Sebastião da Bahia.

É muito comum às pessoas pensarem que os monges só rezam e estudam. Enganam-se quem pensa assim. Trabalhamos muito e rezamos. Por causa disso, muitos procuram os Mosteiros, mas, ao depararem-se com a realidade monástica, todo aquele ideal que tinha, de monges, apenas orante e estudiosos, desvanecem e vão embora, muitas vezes decepcionados. Talvez nem por falta de vocação, mas, porque já vieram para o Mosteiro com projetos prontos. Raramente isso dá certo. E pasmem! Não era diferente também entre muitos discípulos de Jesus Cristo, que ficavam escandalizados diante da vida simples de Cristo e muitos deles abandonavam o Mestre (Jo 6, 60 e 67).

A beleza da nossa Ordem Beneditina está na variedade de estilo de vida nos nossos Mosteiros. Temos vários tipos de trabalhos, interno e externo. Possuímos várias linhas de estilos de Mosteiros. Uns mais reclusos e fechados, outros, mais na linha social, que trabalham com educação, pastoral, etc. Por isso, nós os monges, deixamos um grande legado para toda a humanidade. Os conhecedores da História Universal sabem muito bem o que falo. Grandes arquitetos, Papas, físicos, médicos e médicas, reis e rainhas príncipes e princesas, inventores, gente de todas as esferas, etc. No entanto, não só essas pessoas de posses fizeram parte da nossa Ordem, mas também pessoas de baixo poder aquisitivo. Daí, termos tantos santos, monges e monjas canonizados em número de mais de 5. 000 cinco mil santos e santas para a glória do Reino de Deus na terra.

Que Nosso Pai São Bento interceda por todos nós. Amém.


HORÁRIOS DA COMUNIDADE

Arquiabadia de São Sebastião da Bahia
Mosteiro de São Bento da Bahia (1582)
Salvador, Bahia – Brasil 

Segunda-feira a sexta-feira

Vigília às 5: 30
Laudes com Missa Conventual às 7: 00
Hora Meridiana às 12: 00
2ª Missa às 12: 20
Vésperas às 17: 50
Completas às 19: 10

Sábado

Vigília às 5: 30
Laudes com Missa Conventual às 7: 00
Hora Meridiana (individual)
Vésperas às 18: 40
Completas (individual)

Domingo

Vigília às 5: 30
Laudes 6: 50
Missa Conventual às 10: 00
Hora Meridiana às 12: 00
Vésperas às 17: 15
Completas às 19: 10


ALGUNS TIPOS DE MONGES E MONJAS

Monges Beneditinos

Monjas Beneditinas

Monges e monjas Cartuxos 

Monges e monjas Cistercienses 

Monges Budistas 

Monges Ortodoxos

REFERÊNCIAS

ENOUT, Evangelista João. A Regra de São Bento. Latim-Português. Tradução D. João Evangelista Enout, O.S.B; Rio de Janeiro: LUMEM CHRIST, 1992.


Ut In Omnibus Glorificetur Deus (RB 59,7