Etapas da vida da Beata Dulce
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BEATA DULCE LOPES
PONTES
(Irmã Dulce)
*26 de maio de 1914
+13 de março de 1992
Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge Beneditino)
Salvador, Bahia 13 de agosto de 2017
“Se aqui existisse
mais amor e menos egoísmo,
o mundo seria
diferente”.
(Beata
Dulce)
No
dia 26 de maio de 1914, na cidade do Salvador da Bahia, na Rua São José de
Baixo, Bairro do Barbalho, Freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, nascia
mais uma criança que futuramente seria chamada de “o anjo bom da Bahia”
pelos seus grandes feitos nesta sua querida capital, que traz o nome do
Salvador. Essa criança era a Maria
Rita de Souza Lopes Pontes. Que ingressando no convento da Congregação das Irmãs Missionárias da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no dia 08 de fevereiro do ano de 1933,
na Cidade de São Cristóvão, Estado de Sergipe, na qual em 13 de agosto do mesmo
ano ao receber o santo hábito religioso, também recebe o nome de Irmã Dulce Lopes Pontes, MICMD.
Nome este, que trazia com grande carinho, pois esse era o nome de sua querida
mãe.
A
Beata Dulce era filha do renomado Doutor
Augusto Lopes Pontes e da senhora Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. “Das primícias matrimoniais de Augusto e
Dulce, nascia Maria Rita, feliz no seio da familiar, anônima aos olhos do
mundo. Por aquilo que seria e por todo bem que faria, muito apropriadamente se
aplicava a expressão do poeta William Blake: “Por causa desse momento, valeu o
universo ter sido criado”. (PASSARELLI, 2012. p. 8).
Creio
que todos já ouviram falar das Obras
Sociais Irmã Dulce (OSID). Que desde sua criação pela própria Irmã
Dulce, vem dando uma ajuda grandiosa ao nosso país com a assistência aos mais
necessitados.
Porém,
a sua vocação em ajudar o seu próximo é de tenra idade. “A vocação para
trabalhar em benefício da população carente teve a influência direta da
família, uma herança do pai que ela levou adiante, com o apoio decisivo da
irmã, Dulcinha. Aos 13 anos, graças a seu destemor e senso de justiça, traços
marcantes revelados quando ainda era muito novinha, Irmã Dulce passou a acolher
mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família – na Rua
da Independência, 61, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento. A casa
ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, tal o número de carentes
que se aglomeravam a sua porta. Também é nessa época que ela manifesta pela
primeira vez, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres, o
desejo de se dedicar à vida religiosa”. (https://www.irmadulce.org.br).
A
caridosa Irmã Dulce no início de sua vida de caridade nas ruas da capital
Salvador, foi bastante incompreendida e sofreu muito por causa disso. Quantas
vezes as pessoas pensavam que ela não estava em seu perfeito juízo. Quando
angustiada devido a incompreensão, ela procurava o confessionário para poder ouvir
o Senhor Jesus Cristo na pessoa do sacerdote e muitas vezes vinha ao nosso Mosteiro
de São Bento confessar com o bondoso monge deste Mosteiro, o Dom Lucas, O.S.B,
que era médico e que lhe deu muito apoio e luz nessas horas de escuridão. E assim,
a bondosa Irmã Dulce seguiu seu caminho nas ruas da cidade do Salvador,
acolhendo os seus queridos pobres, o que não eram poucos. Pedindo esmolas para
eles.
Infelizmente não a conheci pessoalmente, mas aqueles que a conheceram, falam dela com grande
amor e veneração. No entretanto, ouvia falar dessa santa de Salvador, por causa
da sua grande Obra (OSID). Uma figura franzina, porém, de um vigor que impressionava a todos. Força esta, que só
poderia vir de Deus.
Sem
erro algum, posso aplicar a nossa querida Beata Dulce um dos pensamentos de
outra Serva de Deus, Elisabeth Leseur (1866-1914):
"Como a vela, que consome sua
própria substância para dar luz e calor aos que as cercam". Assim
viveu nossa santa Dulce sendo luz e calor para todos aqueles que a rodeavam. E,
numa Sexta-feira, justamente no dia em que a Igreja faz memória da Sagrada
Paixão do Senhor Jesus Cristo, no dia 13
de março de 1992, morria a nossa santa Dulce em Salvador, as 16h:45m,
consumida de muitos trabalhos por Deus.
O
seu processo de Canonização foi iniciado em janeiro do ano 2000. E no mês de
abril de 2009, o Sumo Pontífice, Papa
Bento XVI reconheceu as suas virtudes heroicas, autorizando oficialmente a
concessão do título de Venerável. Isto
é, foi reconhecida em Irmã Dulce, as virtudes cristãs, da Fé, da Esperança e da
Caridade.
No
dia 9 de junho de 2010 é realizada a
exumação e transferência das relíquias da Venerável Irmã Dulce para sua Capela
definitiva, localizada na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, situada
ao lado da Sede da OSID.
Precisamente
no dia 10 de dezembro de 2010, o
Sumo Pontífice, Papa Bento XVI autoriza então a promulgação do decreto do
milagre que transformava a Venerável Dulce em Beata, ou Bem-Aventurada. A
autorização foi dada pelo pontífice ao prefeito da Congregação para as Causas
dos Santos, Cardeal Angelo Amato, em
audiência privada no Vaticano, Roma - Itália.
A
notícia do milagre para a sua Beatificação, foi divulgada no dia 13 de mai de 2011. Notícia que alegrou
não só os baianos, mas todo o nosso País, que ganha mais um santo entre tantos
outros, que temos, conhecidos ou não. Passaram-se justamente dez anos para ser
divulgado este tão esperado milagre. O milagre ocorreu com a sergipana Claudia Cristina dos Santos, de 41
anos de idade, moradora da cidade de Malhador, Sergipe. Ela alcançou a graça em
10 de janeiro de 2001, após ser
desenganada pelos médicos, quando teve hemorragia no parto. E, com a sua fé em
Deus, invocando a Irmã Dulce, foi atendida com a cura.
Cito
mais uma vez a Serva de Deus Elisabeth Leseur para mostrar o grande zelo e amor
ao próximo de nossa cara Beata Irmã Dulce dos pobres como a chamamos: "Elevando a sua alma e cumprindo o seu
dever, ela (Irmã Dulce), "elevou
o nível da humanidade". Pois, "Toda alma que se eleva, eleva o mundo".
ORAÇÃO A IRMÃ DULCE
Senhor
Nosso Deus, recordando a vossa Serva
Dulce Lopes Pontes, ardente de amor por vós e pelos irmãos, nós vos
agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos. Renovai-nos na
fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com
simplicidade e humildade, guiados pela doçura do Espírito de Cristo, Bendito
nos séculos dos séculos. Amém.
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ORAÇÃO A BEATA DULCE
Ó
Deus que maravilhosamente concedestes a caridade à Beata Dulce, Virgem, a fim de ajudar humildemente e benignamente os
pobres nas suas enfermidades, dai-nos, vo-lo pedimos, por seu exemplo, o
espírito de pobreza para vos servir com toda solicitude nos pobres. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na Unidade do Espírito Santo. Amém.
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FOTOGRAFIA DA BEATA
IRMÃ DULCE LOPES PONTES
(1914-1992)
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REFERÊNCIA
PASSARELLI,
Gaetano. Irmã Dulce: o anjo bom da
Bahia / Gaetano Passarelli. – 3. ed. – São Paulo: Paulinas, 2012. – (Coleção
luz do mundo)
Ut In Omnibus
Glorificetur Dei
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