Dom Gilvan
Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge
Beneditino)
Salvador, Bahia – 17 de junho de 2014
Nós temos poucas informações a respeito da vida de ALZIRA FREITAS, porém o que sabemos, nos foi passado pelo senhor Carlos Augusto, que trabalhou durante décadas como sacristão do Mosteiro de São Bento da Bahia, tendo ele bastante contato com o monge Dom Wilibaldo Hofmann, OSB, que era amigo de Alzira Freitas, pois ela trabalhava como voluntária na igreja de Nossa Senhora do Monserrate, na ponta do Humaitá, Salvador – Bahia, igreja que pertence ao Mosteiro da Bahia.
Alzira Freitas era uma mulher de oração, de alma piedosa, e temente a Deus. Amava o serviço do Senhor, dedicando-se com alegria no trabalho da igreja de nossa Senhora. Não sabemos a data de seu nascimento, apenas a da sua morte ocorrida no dia 22 de dezembro do ano de 1933.
Foi bastante interessante ficarmos sabendo de duas pessoas, que com muita fé, alcançaram curas de doenças, por rezarem no seu túmulo, o qual, se encontra na Basílica de São Sebastião, Mosteiro de São Bento da Bahia. Essas pessoas, com sua fé em Deus, pediram, através de Alzira Freitas, a graça da cura para si, e para outros, e, assim alcançaram o que desejavam.
Segundo o senhor Carlos Augusto, Alzira Freitas, morava próximo ao Largo de Roma, na cidade baixa em Salvador - Bahia. E sentiu-se chamada a vida religiosa, pedindo para ingressar no convento, porém, não foi aceita, porque possuía problemas auditivos. Naquela época, antes do Concílio Vaticano II, os ingressos nas ordens religiosas eram bastante rigorosos, portanto, fazia-se um exame rigoroso no candidato à vida religiosa, e por causa disso, muitos candidatos não conseguiam ingressar.
Assim sendo, ela começou a frequentar a igreja de Nossa Senhora do Monserrate, na Ponta do Humaitá, Salvador – Bahia, e teve a resolução de vestir-se toda de roupa preta, e também de usar um véu na sua cabeça. Por esse motivo, as crianças caçoavam dela, porém, não se importava com isso, seguia o seu desejo com muita seriedade, serenidade e discrição.
Ela caminhava diariamente de sua casa, até a igreja de Monserrate, e só retornava ao final do dia. Essa era a sua rotina de trabalhos. Vivia sempre ocupada nos serviços do Senhor, com uma admirável dedicação e amor.
Na igreja de Nossa Senhora do Monserrate, era dirigida espiritualmente por Dom Wilibaldo Hofmann, OSB, monge do Mosteiro de São Bento da Bahia. Pois, a igreja de Nossa Senhora, a séculos, pertence ao mosteiro de São Bento.
Alzira Freitas, vivia no recolhimento e na oração, e com seu costumeiro amor para com as coisas de Deus, realizava trabalhos manuais e artesanais, principalmente as alfaias da igreja (toalhas do altar, véus do sacrário, sanguíneos e outros) colocando, assim, em prática, o lema da Ordem do Patriarca São Bento: "Ora et labora". (A Oração e o Trabalho).
Não temos conhecimento da sua data de nascimento. Apenas a do seu falecimento, pois os seu restos mortais repousam na basílica arquiabacial de São Sebastião da Bahia, onde podemos ler na sua lápide sepulcral: ALZIRA FREITAS +22-XII-1933.
Ficamos sabemos sobre ela, de dois registros de testemunhos de cura de doenças que nos foi narrado pelo senhor Carlos Augusto Ribeiro, que foi o sacristão por décadas no Mosteiro da Bahia:
Segundo o sr. Carlos Augusto Ribeiro, "uma senhora, esteve no Mosteiro de São Bento, indicada por um senhor de um centro espírita, localizado no terreiro de Jesus, no Pelourinho, o qual, disse-lhe: "Vá à igreja de São Bento, no corredor à direita, e encontrarás uma sepultura com o nome Alzira Freitas, reze, e peça a ela a cura do seu nódulo na garganta”. Ela, foi como ele a indicara, e rezou na sepultura. Quando foi realizado os novos exames médicos, constatou-se o desaparecimento do nódulo. Portanto, após esse fato, a senhora ficou sabendo de um sobrinho de Alzira Freitas, que residia no bairro do Garcia. E procurando-o o encontrou-o, e este lhe mostrou um quadro da sua tia; conversaram sobre o caso, e por causa da cura, e do seu interesse por sua intercessora, ela conseguiu que ele lhe emprestasse o quadro de Alzira para lhe fazer uma réplica. Essa réplica é o quadro que se encontra atualmente acima da sua lápide na basílica de São Sebastião, Mosteiro de São Bento, no corredor à direita.
Ainda segundo o sr. Carlos Augusto, o segundo testemunho que nos narrou, é sobre uma senhora oblata, que se dirigiu ao mosteiro de São Bento e conversou com o senhor Dorisvaldo Braga, (Dorio), que era segurança na igreja, dizendo-lhe que seu irmão advogado estava hospitalizado, devido a um infarto e em situação muito grave. Ela foi ao túmulo de Alzira Freitas, fez o seu pedido, rezou, e suplicou pelo seu irmão enfermo. Retornando ao hospital para a visita costumeira, encontra-o já em estado de recuperação, já fora do perigo de morte. Assim ficando felicíssima com a nova situação, ela dirige-se semanalmente ao Mosteiro de São Bento, para depositar flores no túmulo de Alzira Freitas. Deo gratias.
Memórias
narradas pelo Sr. Carlos Augusto Ribeiro.
(O qual foi sacristão do Mosteiro de São Bento da Bahia, durante décadas).
ALGUMAS FOTOGRAFIAS INDICANDO O TÚMULO DE ALZIRA FREITAS NA BASÍLICA DE SÃO SEBASTIÃO DA BAHIA.
Mosteiro de São Bento da Bahia
VÍDEO INDICANDO O TÚMULO DE
ALZIRA FREIRAS
Ut In Omnibus Glorificetur Deus (RB 57, 9)
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